domingo, 7 de agosto de 2011

Diga não a divisão

DIVISÃO DO PARÁ
Recebi  via e-amil da minha amiga a professora Ana Cristina Pacha e posto para sua reflexão. O bserve eosargumentos abaixo e  DIGA NÃO PARA A DIVISÃO DO PARÁ.  

1 – QUEM PAGA A CONTA. Diversos estudos demonstram a inviabilidade da relação tributos/despesas destes novos estados, ou seja, os estados já  nasceriam falidos, e a União teria que complementar esta diferença, ou seja, todos os brasileiros iriam bancar esta despesa.

2 – ESTRUTURA: um novo estado demanda grandes investimentos em  estrutura governamental, então seriam criados um governo estadual, uma  assembléia legislativa, um TJE, um MPE, um TCE, um TCM, cargos  comissionados, etc. E o dinheiro para educação, saúde e segurança  pública para essas populações? Não iria sobrar!

3 – POPULAÇÃO X TERRITÓRIOS: Há um equívoco quando dizem que o estado  é muito grande por isso tem que dividir. Estes novos estados teriam  uma população muito rarefeita, sendo que os dois teriam uma população menor do que o município de Belém, excluindo região metropolitana (Ananindeua, Marituba e Benevides, santa Isabel e Santa Bárbara). será razoável um gasto tão grande para, em tese, beneficiar uma população bem pequena? Ressalte-se que criação de estados por si só, não gera  riqueza, apenas para alguns. Vejam a região Nordeste (MA, PI, CE, RN,  PB, PE, SE, AL,BA) é a região mais pobre do Brasil, enquanto que a região sul (RS, SC, PR) é a mais desenvolvida social e economicamente.

4 – FALÊNCIA DO ESTADO DO PARÁ. Mal ou bem o estado do Pará, possui uma estrutura governamental para atender todo o estado. Com a divisão  os servidores públicos estaduais teriam o direito de optar em ficar ou  voltar para o estado do Pará, além do pagamento dos servidores  aposentados e pensionistas. Como o Pará iria bancar estes servidores, se ocorrer diminuição de receita? Os investimentos que o governo do  Pará efetuou nestas regiões, Como o Pará iria quitar estes débitos? se estes estados nascem livres de dívidas! como o Pará se sustentará com diminuição de receita, mas a continuidade de maior parte das despesas,  já que ficará com a miaor parte da população?

5 – RIQUEZAS NATURAIS: Quando o capitão-mor FRANCISCO CALDEIRA DE CASTELO BRANCO no ano de 1616 fundou o povoado de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, estas riquezas naturais (Serra dos Carajás), Rio Tocantins (Tucurui) Rio Xingu (Belo Monte), Rio Tapajós (Alter do Chão) entre outras já pertenciam a Provincia de Grão-Pará e Maranhão. Assim, não se sustenta o argumento daqueles que chegaram no Pará, durante a colonização da Amazônia, de que essas riquesas seriam suas e que Belém se apropria delas, sem dar retorno para essas regiões.

6 – AUSÊNCIA DE PARAENSES NO SUL DO PARÁ – Um dos argumentos dos  separatistas é de que na região de Carajás não teria paraenses. Esta  informação é equivocada. O último censo do IBGE listou a origem dos  habitantes do Sul do Pará. O maior contingente populacional são de nascidos no estado do Pará (40%), em 2º lugar, Maranhense (20%), 3º Tocantinenses, 4º goiano etc. A grande confusão dos separatistas é afirmar de que existem poucos paraenses no Sul, na verdade, existem  poucos belenenses nestes lugares, a maioria ocupantes de cargos  públicos. Em uma reunião na cidade de Redenção na época, quando eu respondia lá, foi levantada esta situação, de que existem poucos  paraenses no Sul do Pará. Tinha um mineiro, um paulista e um goiano e  eu questionei quais deles eram oriundos de suas capitais de seus respectivos estados. Nenhum!!!!!!!! Era de capital de estado, e sim do interior!!!!, apenas eu era oriundo de Belém.

7 – DIFERENÇA CULTURAL – UM dos argumentos é de que existem diferenças culturais entre o sul do Pará e o resto do Pará. Outra informação equivocada, somente de Xinguara pra baixo e pro lado direito com destino até Saõ Félix do Xingu, que a cultura é diferente, pois Marabá, Parauapebas, Tucurui a cultura paraense é dominante ou muito relevante, além do quê este fato por si só não justifica a criação de um estado.

8 - INTERESSE PESSOAL X INTERESSE COLETIVO – um dos aspectos que se observa, é que algumas autoridades destas áreas efetua um raciocínio dentro de uma perspectiva individual (o que eu ganho com a separação?)  do que propriamente o interesse coletivo. Em uma audiência eleitoral na  comarca de Curionópolis, os advogados de Parauapebas e Marabá estavam comentando acerca da distribuição dos Cargos no futuro estado do Carajás. Lá foi dito que o atual prefeito de Parauapebas, Darci seria conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Governador seria Asdrúbal ou Giovani, sendo uma vaga de senador seria para um deles. O prefeito  de Curionópolis Chamonzinho seria dep. Federal. Em Marabá, alguns juízes estão eufóricos com a possibilidade de virem a ser desembargadores, inclusive uma já se intitula futura presidente do TJE/Carajás ou desembargadora. Alguns advogados já estão fazendo  campanha pela separação para entrarem pelo quinto constitucional como  desembargadores ou entrar como Juiz do TRE/Carajás. Questiono onde está o interesse público tão almejado?

9 – PLEBISCITO – A legislação é clara sobre quem seriam os eleitores do plebiscito. A população diretamente interessada (art. 18, §3º da
Constituição Federal) A legislação ordinária já regulamentou o tema.  Art. 7º da lei nº 9709/98. In verbis:
                            
                               “Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o
                                entende-se por população diretamente interessada tanto a do território
                                que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento;
                                em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar
                                quanto a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se
                                aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da
                                população consultada."

Bom creio que não há dúvidas acerca do tema.  Após a publicação do decreto legislativo do plebiscito de Carajás, a  Assembléia Legislativa do Estado de Goiás, ajuizou ação perante o STF  requerendo liminarmente que apenas os moradores da região sul e sudeste do Pará a ser cindida (Carajás) seja ouvida no plebiscito,  excluindo o oeste do Pará, Região Metropolitana de Belém, região da Transamazônica, região Nordeste e ilha do Marajó. O Relator é o  Ministro Dias Tófoli, e o Estado do Pará, foi citado e já apresentou  Memoriais e argüindo a ilegitimidade ad causam, e no mérito, que todos  os paraense possam opinar.  Com que ética se espera destes cidadãos que estão a frente desses  movimentos separatistas? Que dizer então que como paraense nato, não  posso opinar sobre os rumos do meu estado?

10 – PLANEJAMENTO DO DESENVOLVIMENTO – Entendo a relevância deste debate, pois as mazelas que existem no interior do estado devem ser enfrentadas para se propiciar maior cidadania e dignidade a estas populações. A mera divisão territorial não é o remédio adequado para sanar subdesenvolvimento. O Jornal “FANTÁSTICO” apresentou matéria especial acerca do lugar mais violento do Brasil, com índices de taxas de homicídio superior a regiões que estão em guerra, perdendo apenas para Honduras. É a região do Entorno do DF (estado de Goiás) onde a pobreza é alarmante, os médicos pediram transferência ou exoneração,  postos de saúde fechados e a PM de Goiás tem medo de trabalhar lá. Fica apenas 40 quilômetros do Palácio do Planalto (Casa da Dilma),  distância equivalente entre Belém e Santa Isabel. E 60 quilômetros de  Goiânia, distância equivalente entre Belém e Castanhal.
Constatem que no centro político do Brasil existe esta região carente de políticas públicas, o que rechaça os argumentos dos separatistas,  de que a pobreza do interior do Pará seja decorrente da distância de capital Belém.  No meu entendimento, o que falta é melhorar a gestão da administração pública, devendo atuar com mais agilidade e competência, combater a  corrupção e os vícios dos serviços públicos, e aumentar os  investimentos na Educação, Saúde e Segurança Pública, com maior  capacitação dos profissionais da área e melhorias salariais e das condições de trabalho. Creio que atuando desta forma, existem chances concretas de resgate da dignidade dessa população do interior e de todo o Estado do Pará.

Gurupá, 11 de junho de 2011.



LUIZ GUSTAVO DA LUZ QUADROS
PROMOTOR DE JUSTIÇA TITULAR DE GURUPÁ

ANTONIO ERNANDES MARQUES DA COSTA
Coordenador da ONG/GRUPAJUS
Coord. Adjunto do Comite Metropolitano de Combate a TB/PA - FUNDO GLOBAL
Representante Norte na CNAIDS - MS/DEPARTAMENTO -DST/AIDS/HEPATITES VIRAIS
Representate Norte no MCP - Mecanismo de Coordenação de País
 
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2 comentários:

  1. Esses pretensos esquartejadores do Pará acham que dividir o Estado do Pará resolve o problema de educação, saúde, transporte, segurança, enfim, o progresso de uma região, ocorre se assim fosse por ser o menor da federação Estado de Sergipe seria uma potencia mundial. Não existiria violência no Rio de Janeiro, haja vista que é menor que o Arquipélago do Marajó. O Tocantins Estado que serve como espelho de desenvolvimento para os divisionários / visionários do Pará, lá o índice de mortalidade infantil registra 26%, enquanto no Pará existe a incidência de 21%, o analfabetismo 15%,no Pará 11%, e veja que aquele Estado é +/- 1/5 tanto na dimensão territorial quanto na população. Mas o que nos chama atenção para ser contra a divisão do Pará, é que o Pará tem 1.247,689 km2 com 144 municípios, o Estado do Tocantins 277.620 Km2, com 139 municípios, o Maranhão 331.935 km2 217 municípios, o Piauí 251.529 km2 com 224 municípios, o Estado de Minas, Estado do mentor do esquartejamento do Pará 586.528 km2, 853 municípios,( lá tem o menor município do Brasil, 2,85 km2). Na Europa a administração tem como sustentáculo os municípios, lá os municípios são tidos como células administrativas, no momento que estas células entram em estado degenerativo, concomitantemente o efeito reflete no corpo administrativo que é o Estado, e é por esta razão que a Espanha, país de 504.030 km2( menos da metade da dimensão territorial do Pará) tem 8.111 municípios( lá chamados de comunas) O Brasil8.514876 km2, tem 5.565 municípios, e tantos outros exemplos que seria muito extensa a dissertação, então pra que tanto nhem, nhem, nhem é só emancipar as vilas, vilarejos e os prefeitos através de seus deputados buscarem recursos constitucionais. Ah! falando sobre a população dessas vilas e vilarejos, no Tocantins, tem 75 municípios abaixo de 5.000 habitantes. Tem outra justificativa, ou alguém é contra a emancipação das vilas e vilarejos? O deputado Geovanni Queiroz, tem focado como falta de segurança / violência em nosso Estado, a morte da missionária americana. Ora logo, logo o deputado vai propor a divisão do Estado do Rio de Janeiro, haja vista que ontem 12/08/2011, a juíza Patrícia Aciolli, foi assassinada, sendo o carro dela crivado com 47 balas. Ai vem logo o pensamento “o Estado do Rio é pequeno na dimensão territorial, então não tem ausência do estado, tem sim, um sistema que favorece a impunidade. É só os deputados (esses mesmos que estão querendo esquartejar o Pará) pedirem a atualização do Código Penal, no sentido que a lei tenha mais rigor. Senão vejamos na China, quem rouba, tem mão cortada. Também se essa moda pega, aqui no Brasil teria uma nata de políticos que não poderia fazer acenos aos seus eleitores. Engrossaremos, sim VAMOS CRIAR MUNICIPIOS, só na região do Carajás tem 14 vilas / comunidades para emancipar. Obrigado,

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  2. O Pará Não Pode Ser Separado

    Parece impossível, mas tem gente
    que por ambição e pura ingratidão
    tenta sorrateira e mentirosamente
    dividir o Pará nosso sagrado chão

    Dividir o Pará, é dividir a semente
    que semeamos nesse tão amado chão;
    É querer jogar sumanos contra a gente;
    É separar para sempre irmão de irmão

    Buscar dividir o Paraense Estado
    é tentar dividir nosso próprio lar
    é querer separar o El, do Dorado
    e o lindo Movimento, do Popular

    Dividir o Pará, nosso Estado lindo
    é querer ver o Marajó sem Campo, Igapó
    é como separar o Mestre, do Lucindo
    e o Antológico Verequete, do Cupijó

    Dividir sua Casa, acaba a esperança
    é o mesmo que querer dividir os seus;
    É como separar o Caeté de Bragança
    e a Evangélica Assembléia, de Deus

    Nos dividir, separar as parentelas
    é como um nosso almoço sem o Açaí
    como certa Casa sem suas Onze Janelas,
    Como Santa Cruz e Cachoeira, sem o Ararí

    Pode a Flora viver sem o orvalho
    e Tucupi pode se separar do Tacacá?
    Podemos separar o Paes, do de Carvalho
    o sorriso pode ser separado de Fafá?

    Belém vive sem suas Mangueiras serenas?
    Pindura pode ser separado do Carimbó?
    Pode a Quadra deixar de ser Nazarena?
    e a linda Ilha deixar de ser do Marajó?

    Podemos separar o Gaspar do Viana?
    e afastar a Baia do lindo Guajará?
    Podemos separar a Aldeia da Cabana?
    e a bela Belém do Ceu do Grão Pará?

    Pois tem gente pra lá de ingrata
    que ao tentar separar o nosso chão
    tenta separar Rui e Paulo André, do Barata
    Paysandu, da Curuzu; Remo, do Baenão

    Tentar separar a nossa querida terra
    é o mesmo que separar o Teatro, do da paz
    é como querer ver o Carajás sem Serra
    e separar o Dira, do encanto da Paes

    Pará Paid'égua, terra da Cabanagem
    querer te esquartejar, te dividir
    é como separar o Arraial, do Pavulagem
    Edgar, do Proença; Dalcídio, do Jurandir

    Não é hora de dividir os Parauaras
    é hora de somar, também multiplicar
    porque quem Ama, ah, nunca separa
    Quem ama só pensa em ficar, em amar

    O Pará que tem uma Estrela Destacada
    lá em cima da nossa Bandeira Nacional
    sempre será a Terra Querida Amada
    do seu povo guerreiro, irmão fraternal

    Pra finalizar esses versos, cantos
    querer o nosso Pará unido, inteiro
    É querer ver a Bahia com seus santos
    e ver o Triângulo Sempre Mineiro


    Jetro Fagundes
    Farinheiro Marajoara


    Veja esse e outros poemas no meu Blog de Poesias
    "Ventos que Sopram do Marajó"
    http://jetrofagundes.blogspot.com/

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