terça-feira, 21 de junho de 2011


ANÁLISE DIPLOMACIA BRASILEIRA
Novo capitalismo do Brasil inspira receio regional

Sem condições de impor sua vontade à força na região, país tem que demonstrar ganhos para quem o seguir

A política regional da China, forçada a tranquilizar vizinhos mais fracos, é exemplo inspirador

MATIAS SPEKTOR
ESPECIAL PARA A FOLHA

A expansão da economia brasileira na América do Sul está transformando o ambiente estratégico do país, que tende a ser mais temido e menos amado por seus vizinhos. O receio regional diante do novo capitalismo brasileiro conquistou adeptos e veio para ficar.
Nas capitais sul-americanas teme-se que o Brasil imponha as regras do jogo que mais lhe convém, aumentando ainda mais a assimetria entre as partes e assim aprofundando a dependência econômica.
Vendo seu ciclo econômico sincronizado com o brasileiro, esses países sentem uma perda real de espaço de manobra. Por isso, desconsiderar a preocupação deles como mera bravata é um equívoco de grandes proporções.
Ignorá-la pode custar caro para um Brasil cuja economia está cada vez mais exposta aos riscos de uma vizinhança que não controla.
O sucesso dos agentes econômicos brasileiros na região requer um ambiente estável e previsível. É essencial, portanto, ganhar a aceitação daqueles povos e governos. Para lidar com essa realidade o Brasil precisará desenvolver novos instrumentos.
No passado recente, por exemplo, bastava patrocinar instituições regionais que oferecessem aos vizinhos uma plataforma de negociação ou um balcão sobre o qual apresentar demandas.
Esses mecanismos hoje não dão conta do recado.
Não há alternativas fáceis. O Brasil não tem condições nem apetite para impor sua vontade à força.
Tampouco contempla ganhar o consentimento de seus vizinhos cedendo parcelas de soberania a entidades supranacionais, como o faz a Alemanha. A solução talvez passe por deixar claro que há ganhos para quem seguir o Brasil a reboque.
Para isso, seria necessário aumentar dramaticamente a oferta de cooperação técnica, promoção cultural e intercâmbio educacional.
Seria preciso estudar as opiniões públicas dos países onde há mais interesses em jogo e desenhar estratégias de comunicação que possam reverter o deterioro da imagem brasileira. A política regional da China, forçada que é a tranquilizar seus vizinhos mais fracos, oferece um exemplo que serve de inspiração.
Não se trata de adotar uma ªdiplomacia da generosidadeº nem de dobrar interesses brasileiros aos de terceiros.
Ao contrário, trata-se de atentar para as sérias implicações estratégicas inerentes ao nosso processo de ascensão.
postagem tirada de :Matias Spektor
, doutor pela Universidade de Oxford, é coordenador do Centro de Relações Internacionais da FGV (http://cpdoc.fgv.br/ri)




        COMENTÁRIO DO DIA

A reportagem acima só confirma a necessidade de que Tenhamos as nossas Forças Armadas em condições de dissuadir os nossos inimigos e garantir a soberania nacioanal.

Não podemos esquecer que em julho de 2007, o “aloprado”  Evo Morales, presidente da Bolívia, com o apoio do “megalomaníaco“ presidente venezuelano, Hugo Chávez, declarou a nacionalização das instalações e da  Petrobrás na Bolívia.
Acredito que se o Presidente da Republica fosse outro qualquer outro que não o venal do LULALá isto não teria ficado assim. Deste episódio conclui-se que a nossa diplomacia agiu contra os interesses do Brasil.
Bastava que o Comandante-em-chefe (como gostava de ser tratado o energúmeno) e seu teatral ministro da defesa, tivessem ordenado um simples exercício nas fronteiras com a Bolívia, por exemplo na região de Corumbá-MS, com o deslocamento da Brigada Paraquedista em peso (idem Batalhão de Forças Especiais e destacametos de comandos),  duas ou três Brigadas de Infantaria de Selva, com apoio aéreo da Brigada de Aviação do Exército ( uidades dotads de helícoptéros de reconhecimeto, transporte de pessoal e ataque) e Força de reconhecimento e ataque da FAB, assim como uns dois batalhões de fuzileiros navais, bastaria para mostrar para o “índio” Morales que o “buraco era mais embaixo.

Como nada foi feito os bolivianos deitaram e rolaram em cima do Brasil, com a benção do nosso “líder maior” que ficou mudo e fez cara de morto. O “cara” deveria ter sido denunciado por crime de responsabilidade por ter negligenciado das suas funções e trabalhado contra o interesse nacional. Ele que deveria ser o principal defensor dos interesses do Brasil, abençoou uma ação de rapinagem contra o patrimônio nacional, pois a PETROBRAS que é uma empresa de economia mista  tem como maior sócio o povo brasileiro.
20.06.2011 - PAULO BASTOS