segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"A FARSA IANOMÂMI- uma criação alienigena

Por Roberto Gama e Silva
Nos tempos da infância e da adolescência que passei em Manaus, minha cidade natal, nunca ouvi a mais leve referência ao grupamento indígena denominado "IANOMÂMI", nem mesmo nas excursões que fiz ao território, acompanhando o meu avô materno, botânico de formação, na sua incessante busca por novas espécies de orquídeas. Tinha eu absoluta convicção sobre a inexistência desse grupo indígena, principalmente depois que aprendi que a palavra "ianomâmi" era um nome genérico aplicado ao "ser humano".
Recentemente, caiu-me nas mãos o livro "A FARSA IANOMÂMI", escrito por um oficial de Exército brasileiro, de família ilustre, o Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto, Credenciava o autor do livro a experiência adquirida em duas passagens demoradas por Roraima, a primeira, entre 69 e 71, como Comandante da Fronteira de Roraima/ 2º Batalhão Especial de Fronteira, a segunda, quatorze anos depois, como Secretário de Segurança do antigo Território Federal.
Menna Barreto procurou provar que os "ianomâmis" haviam sido criados por alienígenas, com o intuito claro de configurar a existência de uma "nação" indígena espalhada ao longo da fronteira com a Venezuela. Para tanto citou trechos de obras publicadas por cientistas estrangeiros que pesquisaram a região na década iniciada em 1910, notadamente o alemão Theodor Koch-Grünberg, autor do livro "Von Roraima zum Orinoco, reisen in Nord Brazilien und Venezuela in den jahren 1911-1913.
Embora convencido pelos argumentos apresentados no livro, ainda assim continuei minha busca atrás de uma personalidade brasileira que tivesse cruzado a região, em missão oficial do nosso governo, e que tivesse deixado documentos arquivados na repartição pública de origem. Aí, então, não haveria mais motivo para dúvidas.
Definido o que deveria procurar, foi muito fácil selecionar o nome de um dos "Gigantes da Nacionalidade", embora pouco conhecido pelos compatriotas de curta memória: Almirante Braz Dias de Aguiar, o "Bandeirante das Fronteiras Remotas"
Braz de Aguiar, falecido em 17 de setembro de 1947, ainda no cargo de "Chefe da Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão", prestou serviços relevantes ao país durante 40 anos corridos, sendo que destes, 30 anos dedicados à Amazônia, por ele demarcada por inteiro. Se, nos dias correntes, o Brasil já solucionou todas as pendências que recaiam sobre os 10.948 quilômetros que separam a nossa maior região natural dos países vizinhos, tudo se deve ao trabalho incansável e competente de Braz de Aguiar, pois de suas observações astronômicas e da precisão dos seus cálculos resultaram mais de 500 pontos astronômicos que definem, juntamente com acidentes naturais, essa longa divisória.
Todas as campanhas de Braz de Aguiar foram registradas em detalhados relatórios despachados para o Ministério das Relações Exteriores, a quem a Comissão Demarcadora era subordinada.
Além desses relatórios específicos, Braz de Aguiar ainda fez publicar trabalhos detalhados sobre determinadas áreas, que muito contribuíram para desvendar os segredos da Amazônia.
Um desses trabalhos denominado "O VALE DO RIO NEGRO", classificado pelo Chefe da "Comissão Demarcadora de Limites – Primeira Divisão" como um subsídio para "a geografia física e humana da Amazônia", foi encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores no mês de janeiro de 1944, trazendo no seu bojo a resposta definitiva à indagação "IANOMÂMI! QUEM?.
No tocante às tribos indígenas do Vale do Rio Negro, incluindo as do tributário Rio Branco, afirma o trabalho que "são todas pertencentes às famílias ARUAQUE e CARIBE, sem aludir à existência de alguns povos cujas línguas se diferenciam profundamente das faladas pelas duas coletividades citadas". Prossegue o autor: "Tais povos formam as chamadas tribos independentes, que devem ser consideradas como restos de antigas populações cuja liberdade foi grandemente prejudicada pela ação opressora de vizinhos poderosos". Também os índios "TUCANOS" constituem uma família a parte, complementa o trabalho.
Dito isto, a obra cita os nomes e as localizações das tribos aruaques no Vale do Rio Negro, em número de treze, sem que da relação conste a pretensa tribo "IANOMÂMI".
Em seguida, foram listadas as tribos caribes, bem como a sua localização: ao todo são sete as tribos, também ausente da relação o nome "IANOMÂMI". Dentre as chamadas tribos independentes do Rio Negro, em número de cinco, também não aparece qualquer citação aos "IANOMÂMIS".
Para completar o quadro, a obra elaborada por Braz de Aguiar ainda faz menção especial ao grupo "TUCANO", pelo simples fato de compreender quinze famílias, divididas em três ramos: o oriental, que abrange as bacias dos rios UAUPÉS e CURICURIARI; a ocidental, ocupando as bacias do NAPO, PUTUMAIO e alto CAQUETÁ, e o setentrional, localizado nas nascentes do rio MAMACAUA. Os "IANOMÂMIS" também não apareceram entre os "TUCANOS".
Para completar a listagem dos povos da bacia do RIO NEGRO, a obra ainda faz menção a uma publicação de 1926, composta pelas "MISSÕES INDÍGENAS SALESIANAS DO AMAZONAS", que descreve todas as tribos da bacia do RIO NEGRO sem mencionar a existência dos "IANOMÂMIS".
Assim sendo, pode-se afirmar, sem medo de errar, que esse povo "não existiu e não existe" senão nas mentes aedilosas dos inimigos do Brasil.
Menna Barreto e outras fontes fidedignas afirmam que coube a uma jornalista romena, CLAUDIA ANDUJAR, mencionar, pela primeira vez, em 1973, a existência do grupo indígena por ela denominado "IANOMÂMI", localizado em prolongada faixa vizinha à fronteira com a VENEZUELA.
Interessante ressaltar que a jornalista que "inventou" os "IANOMÂMIS" não agiu por conta própria, mas inspirada pela organização denominada "CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL" sediada na SUIÇA, que, por seu turno, é dirigida por um Conselho Coordenador instruído por seis entidades internacionais: "Comitê International de la Defense de l´Amazon"; "Inter-American Indian Institute"; "The International Ethnical Survival"; "The International Cultural Survival"; "Workgroup for Indigenous Affairs" e "The Berna-Geneve Ethnical Institute".
Releva, ainda, destacar o texto integral do item I, das "Diretrizes" da organização referentes ao BRASIL: "É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico".
Ficam assim bem caracterizadas as intenções colonialistas dos membros do "CHRISTIAN CHURCH WORLD COUNCIL", ao incentivarem a "invenção" dos ianomâmis e a sua localização ao longo da faixa de fronteiras.
Trata-se de iniciativa de fé púnica, como soe ser a artificiosa invenção de um grupo étnico para permitir que estrangeiros venham a se apropriar de vasta região do Escudo das Guianas, pertencente ao Brasil e, provavelmente, rica em minérios. O ato se reveste de ilegitimidade passiva e de impossibilidade jurídica. Sendo, pois, um ato criminoso, a criação de "Reserva Ianomâmi" deve ser anulada e, em seguida, novo estudo da área deverá ser conduzido para o possível estabelecimento de novas reservas, agora descontínuas, para abrigar os grupos indígenas instalados na mesma zona, todos eles afastados entre si, por força do tradicional estado de beligerância entre os grupos étnicos "aruaques" e 'caribes'.
Outras providências legais devem ser adotadas, todavia, para enquadrar os "zelosos" funcionários da FUNAI que se deixaram enganar e os "competentes" servidores do Ministério da Justiça que induziram o Ministro da Pasta e o próprio Presidente da República a aprovarem a decretação de reserva para um grupo indígena inexistente. Sobre estes últimos poderia ser aplicada a "Lei de Segurança Nacional", artigos 9 e 11, por terem eles contribuído para um futuro seccionamento do território nacional e um possível desmembramento do mesmo para entrega a outro ou outros Estados.


Nunca esqueça:
Quem ama não vê defeitos. Quem odeia não vê qualidades. Quem é amigo vê as duas coisas e ainda assim continua amigo.
"Embora ninguém possa voltar atrás e  fazer um novo começo, qualquer um pode  começar agora e fazer um novo fim".

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Da guerrilha ao poder e as suspeitas de corrupção‏

Por Maria Lima e Luiza Damé
O mais ideológico dos partidos no passado, PCdoB teria abandonado a própria história, dizem especialistas
BRASILIA. Que partido é esse, que fez história na Guerrilha do Araguaia e agora surge como parceiro dos ruralistas na elaboração do Código Florestal e está envolvido em denúncias de corrupção, em pelo menos, dois setores do governo: Ministério do Esporte e Agência Nacional de Petróleo (ANP)?
Tido como o partido mais ideológico desde que nasceu da dissidência do PCB, em 1960, o PCdoB ainda tem como marca a foice e o martelo cruzados simbolizando a aliança de operários e camponeses. Mas vive uma crise de identidade com suas bandeiras e ideologias marxistas-leninistas desde que se impôs uma perestróika à brasileira, quando chegou ao poder pelos braços do PT.
Do antigo Partidão (PCB), o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, diz que os comunistas (do PCB) no Brasil já foram acusados de tudo, menos de corrupção. Até o PCdoB chegar ao Governo. Há alguns meses, a revista "Época" teve acesso a vídeos, cheques e documentos, que, segundo a reportagem, fazem parte de uma investigação do Ministério Público Federal no Rio, sobre o esquema de corrupção montado na ANP, presidida pelo ex-deputado Haroldo Lima (PCdoB-BA), envolvendo a autorização para funcionamento de distribuidoras de combustível. O dinheiro da propina iria reforçar o caixa do PcdoB.
- Depois que o PT chegou ao poder, amplos setores da esquerda brasileira vêm num processo de degradação perigosíssimo. No governo, o PCdoB aparelhou o Ministério do Esporte e a ANP, e deu no que deu. Os comunistas, na história brasileira, sempre foram muito criticados. Mas nunca acusados de corrupção - diz Freire.
- O PcdoB não arriou suas bandeiras do comunismo. Tivemos uma aproximação gigante com os pequenos proprietários de terras. Onde chegamos, as pessoas vêm nos cumprimentar - afirma Haroldo Lima, negando o desvirtuamento das bandeiras do PcdoB.
A principal base política do partido, além de sindicatos, é a União Nacional dos Estudantes (UNE), que teve entre seus presidentes Orlando Silva e a deputada Manuela Dávila (PCdoB-RS), e que também é acusada de ter sido cooptada pelo dinheiro público, abandonado a independência dos movimentos estudantis.
Para o historiador Marco Antônio Villa, professor da Universidade Federal de São Carlos, o PCdoB abandonou a sua própria história, abriu as portas para celebridades, que conquistam votos, mas não dão consistência ideológica, e passou a se envolver em situações nebulosas. Essa guinada, diz, se dá a partir da eleição de Lula à presidência da República, quando o PCdoB conquista espaço no poder.
O historiador lembra que o PCdoB nasceu em 1962, de um racha do PCB, e seguiu o modelo chinês de Mao Tse Tung. Depois veio o golpe militar de 1964, a Guerrilha do Araguaia, e o partido passou apoiar o PMDB. Após a redemocratização, o PCdoB ressurge como um partido "pequeno, mas ideológico".
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A divisão territorial do Pará é vontade de ladrões.

A divisão territorial do Pará é vontade de ladrões. A denúncia, do Padre Antônio Vieira, foi feita em carta a Dom João IV, rei de Portugal. Sabe quando, leitor? Em abril de 1654. Não deixe de ler.
 
josémariaLealpaes
 
  
TAPAJÓS E CARAJÁS: FURTO, FURTEI, FURTAREI José Ribamar Bessa Freire (*)  -  09/10/2011 - Diário do Amazonas 
   Essa foi a vaia mais estrondosa e demorada de toda a história da Amazônia. Começou no dia 4 de abril de 1654, em São Luís do Maranhão, com a conjugação do verbo furtar, e continuou ressoando em Belém, num auditório da Universidade Federal do Pará, na última quinta-feira, 6 de outubro, quando estudantes hostilizaram dois deputados federais que defendiam a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. 
 A vaia, que atravessou os séculos, só será interrompida no dia 11 de dezembro próximo, quando quase 5 milhões de eleitores paraenses irão às urnas para votar, num plebiscito, se querem ou não a criação dos dois Estados desmembrados do Pará, que ficará reduzido a apenas 17% de seu atual território caso a resposta dos eleitores seja afirmativa.
 A proposta de divisão territorial não é nova. Embora o fato não seja ensinado nas escolas, o certo é que Portugal manteve dois estados na América: o Estado do Brasil e o Estado do Maranhão e Grão-Pará, cada um com governador próprio, leis próprias e seu corpo de funcionários. Somente um ano depois da Independência do Brasil, em agosto de 1823, é que o Grão-Pará aderiu ao estado independente, com ele se unificando.
 Pois bem, no século XVII, a proposta era criar mais estados. Os colonos começaram a pressionar o rei de Portugal, D. João IV, para que as capitanias da região norte fossem transformadas em entidades autônomas. O padre Antônio Vieira, conselheiro do rei de Portugal, D. João IV, convenceu o monarca a fazer exatamente o contrário, criando um governo único do Estado do Maranhão e Grão-Pará sediado inicialmente em São Luís e depois em Belém. Para isso, o missionário jesuíta usou um argumento singular. Ele alegava que se o rei criasse outros estados na Amazônia, teria que nomear mais governadores, o que dificultaria o controle sobre eles. É mais fácil vigiar um ladrão do que dois, escreveu Vieira em carta ao rei, de 4 de abril de 1654: “Digo, senhor, que menos mal será um ladrão que dois, e que mais dificultoso será de achar dois homens de bem que um só”.
         Num sermão que pregou na sexta-feira santa, já em Lisboa, perante um auditório onde estavam membros da corte, juízes, ministros e conselheiros da Coroa, o padre Vieira, recém-chegado do Maranhão, acusou os governadores, nomeados por três anos, de enriquecerem durante o triênio, juntamente com seus amigos e apaniguados, dizendo que eles conjugavam o verbo furtar em todos os tempos, modos e pessoas. Vale a pena transcrever um trecho do seu sermão:´ - “Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os
furtos. Esses mesmos modos conjugam por todas as pessoas: porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados, e as terceiras quantos para isso têm indústria e consciência”.
         Segundo Vieira, os governadores ”furtam juntamente por todos os tempos”. Roubam no tempo presente , “que é o seu tempo” durante o triênio em que governam, e roubam ainda ”no pretérito e no futuro”. Roubam no passado perdoando dívidas antigas com o Estado em troca de propinas, “ vendendo perdões” e roubam no futuro quando “empenham as rendas e antecipam os contrato, com que tudo, o caído e não caído, lhe
vem a cair nas mãos”.
         O missionário jesuíta, conselheiro e confessor do rei, prosseguiu: “Finalmente, nos mesmos tempos não lhe escapam os imperfeitos, perfeitos, mais-que-perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtavam, furtaram, furtariam e haveriam de furtar mais se mais houvesse. Em suma, que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar, para furtar. E quando eles têm  conjugado assim toda a voz ativa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles como se tiveram feito grandes serviços tornam carregados de despojos e ricos; e elas ficam roubadas e consumidas”.
     Numa atitude audaciosa, padre Vieira chama o próprio rei às suas responsabilidades, concluindo: “Em qualquer parte do mundo se pode verificar o que Isaías diz dos príncipes de Jerusalém: os teus príncipes são companheiros dos ladrões. E por quê? São companheiros dos ladrões, porque os dissimulam; são companheiros dos ladrões, porque os consentem; são
companheiros dos ladrões, porque lhes dão os postos e os poderes; são companheiros dos ladrões, porque talvez os defendem; e são finalmente, seus companheiros, porque os acompanham e hão de acompanhar ao inferno, onde os mesmos ladrões os levam consigo”.
 Os dois novos Estados – Carajás e Tapajós – se criados, significam mais governadores, mais deputados, mais juizes, mais tribunais de contas, mais mordomias, mais assaltos aos cofres públicos. Por isso, o Conselho Indígena dos rios Tapajós e Arapiuns, sediado em Santarém, representando 13 povos de 52 aldeias, se pronunciou criticamente em relação à proposta. Em nota oficial, esclarece: “Os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores da região nunca estiveram na frente do movimento pela criação do Estado do Tapajós, porque essa não era sua reivindicação e também porque não eram convidados. Esse movimento foi iniciado e liderado nos últimos anos por políticos. E nós temos aprendido que o que é bom para essa gente dificilmente é bom para nós”. 
  
((*)  O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO). 

Que tal pedir o manual de terrorismo?

PARECE ATÉ BRINCADEIRA PORÉM ACONTECEU.E NAO FOI O TIRIRICA O AUTOR NÃO.
[
 
COMISSÕES / DEFESA NACIONAL
27/10/2011 - 17h07
Aloysio Nunes pede informações sobre suposto manual de espionagem do Exército 
[Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP)     ]
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (27) requerimento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para envio de pedido de informação ao ministro da Defesa, Celso Amorim, sobre a existência do Manual de Campanha - Contra-Inteligência, elaborado pelo Exército, com normas e instruções para ações de espionagem interna que poderia atingir qualquer cidadão.
A informação sobre o manual foi publicada pela revista semanal Carta Capital, na edição de 19 de outubro, em reportagem intitulada "Paranóia verde-oliva". Aloysio Nunes (PSDB-SP) quer que o ministro confirme, ou não, a existência do manual. Em caso de resposta afirmativa, quer ainda que ministro diga se pretende manter em vigor as orientações. Por último, pede que Celso Amorim informe se a Marinha e a Aeronáutica possuem manuais do mesmo gênero.
O requerimento terá que passar ainda pelo exame da Mesa do Senado e, se aprovado, será então encaminhado ao Ministério da Defesa.
Documento reservado
De acordo com a revista, o manual foi produzido em 2009, ainda no governo Lula e com apoio do então ministro da Defesa, Nelson Jobim.Com 162 páginas, o texto foi classificado internamente como "reservado" e ainda não teria chegado ao conhecimento, até o momento da reportagem, de Celso Amorim, o sucessor de Jobim.
Conforme a reportagem, assinada pelo jornalista Leandro Fortes, "trata-se de um conjunto de normas e orientações técnicas que reúne, em um só universo, todas as paranóias de segurança herdadas da Guerra Fria e mantidas intocadas, décadas depois da queda do muro de Berlim, do fim da ditadura e nove anos após a chegada do 'temido' PT ao poder".
Ainda na linha do texto, o documento elaborado pelo Estado Maior do Exército "tem de tudo", a começar pelo fato de "os generais ainda não terem se despido da prática de espionar a vida dos cidadãos comuns". Diz a reportagem que o manual lista como potenciais inimigos - definidos como "forças/elementos adversos" - praticamente toda a população não fardada do país e os estrangeiros. Haveriam citações genéricas a movimentos sociais, ONGs e demais órgãos governamentais, de "cunho ideológico ou não".
Gorette Brandão / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

O que é terrorismo?

O que é terrorismo?

Mentes doentes e não religiões produzem terrorismo. Um economista político paquistanês debate o conceito de terrorismo
Desde 11 de Setembro de 2001, terrorismo é uma palavra que não sai dos noticiários. O conceito não era novo, mas ganhou popularidade após a catástrofe das Torres Gêmeas. Hoje, com os olhos voltados para o Oriente Médio – em virtude dos últimos acontecimentos relacionados à Primavera Árabe e à questão conflituosa entre Israel e Palestina – a mídia ocidental se mostra acostumada a relacionar o tema a esta parte do mundo (e ao Sul da Ásia) e suas populações islâmicas.
Mas, afinal, o que define terrorismo? Em um texto de Niaz Murtaza, publicado no periódico paquistanês Dawn, o economista político da Universidade de Berkeley (Califórnia) tece importantes comentários e faz algumas perguntas, que permanecem sem respostas.
Ainda que não exista consenso na comunidade internacional sobre uma definição legal apropriada, pode-se, no entanto, afirmar que terrorismo significa, literalmente, usar o terror como estratégia. Mas, Murtaza sustenta que a definição é muito ampla para ser útil. Sustenta, ainda, a existência de sub-tipos de terrorismo, entre os quais o mais controverso seria o terrorismo político.
O economista entende que, apesar da controvérsia, o terrorismo político teria uma essência inequívoca: “deliberadamente atacar fisicamente não-combatentes ao perseguir objetivos políticos, mesmo que estes objetivos sejam justos”.
Sendo assim, Murtaza questiona e analisa:
1 – Quem luta pela liberdade não pode ser considerado terrorista?
Lutadores pela liberdade encarando fortes exércitos geralmente começam a alvejar não-combatentes e justificam seus meios repugnantes, argumentando a justiça de seus objetivos. Se considerados terroristas, isso significa que os fins não justificam os meios e muitos movimentos de resistência global, por exemplo, no Afeganistão, na Índia, no Paquistão e Colômbia estão engajados em terrorismo.
2 – Estados cometem terrorismo?
Estados que, inadvertidamente, matam não-combatentes durante combate, não cometem terrorismo, mas podem ser responsabilizados por crimes de guerra (ofensa igualmente séria, se eles não seguirem as lei internacionais de proteção a não-combatentes durante guerras).
O terrorismo de Estado somente se configuraria quando oficiais de alta-patente dessem apoio material a terroristas ou soldados para deliberadamente alvejar não-combatentes. Assim, teoricamente, as perdas civis causadas inadvertidamente pelos americanos no Iraque durante combate não podem ser consideradas terrorismo, apesar de algumas delas poderem consituir crimes de guerra. Entretanto, a tortura de prisioneiros, devidamente aprovada pelos oficiais da era-Bush, certamente configura terrorismo de Estado, bem como o ataque à bomba em Hiroshima, provavelmente o mais destrutivo ataque terrorista de todos os tempos.
3 – Quem é o responsável pelas milhares de pessoas mortas em atentados terroristas no Paquistão?
Alguma pessoas culpam os governos paquistanês e americano, argumentando que suas políticas provocaram militantes ao terrorismo. ‘Provocação’ é um termo jurídico que pode ser usado para mitigar alguns crimes. Mulheres britânicas que matam maridos altamente abusivos enquanto em estado de trauma, podem alegar provocação em suas defesas, mas meramente para requerer uma sentença mais leve. Além disso, não lhes é dado direito de matar qualquer um em retaliação, nem seus parentes podem invocar ‘provocação’ para matar seus maridos. Devido a esses severos requerimentos, pode alguém do FATA (Áreas Tribais Administradas pela Federação), mesmo que ele ou ela infelizmente perca um familiar não-combatente para a ação militar dos Estados Unidos ou do Paquistão justificadamente invocar ‘provocação’ se ele ou ela viajar até Islamabad ou Karachi (cidades paquistanesas) para se vingar exatamente em não-combatentes, ao invés de se decidir pela curta jornada aos perpetradores ou aos tribunais?
Ao olhar a situação sob o ponto de vista da responsabilidade política, é verdade que ambos os governos tem contribuído indiretamente para o terrorismo na região; No entanto, essa culpabilidade política não pode diminuir a culpabilidade jurídica de terroristas. Existem outras maneiras mais razoáveis de protestar contra más políticas de governo, tais como protestos pacíficos e ações em tribunais. Existem respostas apropriadas para atos inapropriados. Aqueles que agem inapropriadamente em resposta merecem apropriada punição tais quais aqueles que praticaram o ato inapropriado original.
4 – Por fim, o terrorismo está ligado a alguma religião em particular?
Analistas tendenciosos alegam que, apesar de não todos os muçulmanos serem terroristas, quase todos os terroristas seriam muçulmanos. Fatos facilmente desmentem essa distorção. Enquanto a Al Qaeda tem atraído a maior atenção desde que atacou o Ocidente, terrorismo altamente clamoroso tem sido cometido mais frequentemente por outros, na História recente. Alguns mesmo cometidos em nome da religião, por exemplo, o Exército de Resistência do Senhor, na África, rotineiramente ataca vilarejos, decepando membros de homens, matando milhares, estuprando mulheres na frente de suas famílias e as tomando como amante (escravas sexuais). Outros foram cometidos em nome de nacionalismo e ideologia, por exemplo, os massacres civis na Ruanda, na ex-Iugoslávia, no Camboja. Porém, esses barbarismos não refletem as lições originais dessas religiões ou ideologias, assim como o barbarismo da Al Qaeda não reflete os ensinamentos islâmicos. No Islã, quem quer que mate uma pessoa inocente é como se tivesse matado toda a humanidade. Mentes doentes e não religiões produzem terrorismo.
Assim, uma análise objetiva do terrorismo demanda uma definição clara, a qual pode não agradar a poderes maiores (durante o governo Bush, a definição americana de terrorista degenerou em “qualquer pessoa que nós consideremos um”), e precisa ser baseada em fatos imparciais. Por fim, demanda diferenciação entre causas imediatas e indiretas. Até agora, esses requerimentos simples tem desconcertado governos do mundo inteiro.

Greve de servidores do Judiciário atinge mais da metade do país

Agência Brasil
Publicação: 29/10/2011 13:25 Atualização:
Brasília – A greve dos servidores da Justiça da União, que incluem funcionários da Justiça Federal e do Trabalho, já atinge 15 estados e deve crescer nos próximos dias. Na segunda-feira (31), os servidores de Minas Gerais prometem cruzar os braços, unindo-se aos de São Paulo, do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, da Bahia, de Mato Grosso, do Amazonas, Maranhão, da Paraíba, de Pernambuco, Mato Grosso do Sul, do Piauí, de Alagoas, do Ceará, de Rondônia e do Acre.

Os servidores dos estados de Goiás e do Espírito Santo decidiram aderir ao movimento no dia 7 de novembro.

Ainda não há números consolidados de servidores parados ou dos efeitos para o andamento de processos. O movimento grevista começou em junho, mas a adesão da maioria dos estados ocorreu em outubro. Os servidores pedem a aprovação do Plano de Cargos e Salários (PCS), detalhado no Projeto de Lei (PL) 6613/2009, que prevê aumento de 56% e impacto anual de R$ 7,4 bilhões. O Supremo Tribunal Federal (STF) alega que o aumento real é de apenas 31%, pois o índice de 56% não atinge toda a folha de pagamento. O último reajuste, de até 50%, foi concedido em 2006, pago em seis parcelas semestrais.

O Judiciário inseriu os gastos extras com o reajuste dos servidores no projeto orçamentário de 2012 enviado ao Executivo. A principal justificativa é que a demora em estruturar a carreira de seus servidores está motivando baixas de funcionários interessados em carreiras mais promissoras. No entanto, o Executivo cortou a proposta no documento entregue ao Congresso Nacional, alegando que não haveria dinheiro em caixa para pagar o aumento pleiteado.

Para tentar avançar nas negociações, os servidores aceitaram parcelar o reajuste em até seis vezes semestrais, o que reduziria o impacto anual para cerca de R$ 1,4 bilhão. Mas, de acordo com representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), o governo está irredutível sobre a possibilidade de aumento.

Na última semana, o PCS do Judiciário entrou na pauta da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, mas o projeto foi retirado da lista de votação e não há previsão de volta. Ao relatar o episódio em um comunicado publicado em seu site, a Fenajufe incita os servidores a ampliar as paralisações nas próximas semanas como resposta.

Apesar do crescimento do movimento grevista, a Justiça da União continua funcionando em um dos locais onde é mais forte, o Distrito Federal. De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF), Berilo Leão, a ideia é esperar o desenrolar das negociações no Executivo e no Legislativo para definir que posição tomar.

“Em um primeiro momento, estamos apenas fazendo atos de protesto, como o que ocorreu no Congresso recentemente, mas, caso as negociações não avancem, nada impede que também entremos em greve”, diz o representante do Sindjus-DF, que tem cerca de 10 mil filiados.

ALGUEM SABE O MOTIVO DA GREVE DO JUDICARIO?

ALGUEM SABE O MOTIVO DA GREVE DO JUDICIARIO?
Sinceramente é muito difícil entender que a classe de servidores mais bem remunerada da administração publica direta faça greve, parece ser até um desrespeito com a classe trabalhadora, os vis mortais que trabalham mais de 8 horas diárias de segunda a segunda e que come o pão que o diabo amassou neste pais.
O pior é o feriado Forense que estamos vivendo. Só porque na quarta- feira (dia 02 de novembro) será feriado (alias tem muito feriado neste pais) os caras resolveram enforcar a segunda e terça.
Pergunta-se o que o administrado tem a ver com isto? Como a justiça pode sair de férias em plena semana? Como pode entrar em uma greve?  Será que é por melhores salários, ou por diminuição da sua carga horaria exaustivatrabalham (será?) 6 horas por semana.
É uma piada de mau gosto esta greve e muito mais ainda este feriadão descarado no inicio da semana. É muita cara de pau. Tenho certeza que tem servidores da justiça que discordam do posicionamento irresponsável desta greve e inconsequente deste feriadão. Depois vêm com aquele papo furado de META 1, Meta 2, Meta sei lá o que. E o cidadão que se exploda.
Precisamos ver empenho e sacrifico também do judiciário.