segunda-feira, 21 de maio de 2012

Comissão da Verdade é ‘moeda falsa’, diz general ex-ministro do governo Sarney

Aos 91 anos, Leônidas Pires afirma que Exército está sendo ‘sumariamente julgado’

17 de maio de 2012 | 22h 23
Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Ex-ministro do Exército do governo José Sarney, o general da reserva Leônidas Pires Gonçalves atacou a presidente Dilma Rousseff e a Comissão da Verdade instalada na quarta-feira, em solenidade no Palácio do Planalto, classificando-a de “uma moeda falsa, que só tem um lado” e de “completamente extemporânea”. Ao Estadão, Leônidas disse que a presidente Dilma deveria ter “a modéstia” de deixar de olhar o passado e olhar para frente, “para o futuro do País”.
Leônidas disse que Dilma deveria ter 'a modéstia' de deixar de olhar o passado e olhar para frente - Fábio Motta/AE - 16/04/2008
Fábio Motta/AE - 16/04/2008
Leônidas disse que Dilma deveria ter 'a modéstia' de deixar de olhar o passado e olhar para frente
Recolhido em sua residência, Leônidas, que está com 91 anos, evita fazer declarações à imprensa, mas fez questão de falar sobre a instalação da Comissão da Verdade por considerar que os militares estão “sendo injustiçados” e não vê quem os defenda no governo. Segundo ele, quando Nelson Jobim era ministro da Defesa havia um interlocutor. “Ele se colocava”, disse. “Mas o seu sucessor, Celso Amorim, que deveria se manifestar está ligado ao problema.”
O general se diz indignado com o que define como “injustiça que está sendo feita com o Exército”. Para ele, a Força está sendo “sumariamente julgada e punida”. Mas Leônidas defendeu a liberdade de expressão. “Que se respeite a minha opinião. Aqui é uma democracia. A palavra é livre e isso foi graças à nossa intervenção”, reagiu.
Para ele, “embora o discurso seja de que não haverá punição com esta Comissão da Verdade, já estão promovendo a maior punição ao Exército, que está tendo o seu conceito abalado injustamente”.
O ex-ministro do Exército acha que os comandantes militares deveriam falar em defesa da categoria e espera que eles, pelo menos, estejam levando a insatisfação dos oficiais aos demais integrantes do governo em relação à Comissão da Verdade.
Leônidas declarou ainda que os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica “têm de orientar como os militares que forem chamados à comissão devem se comportar”.
Convite. O general da reserva não acredita que será convidado a depor na comissão. “Não há razão para eu ser convidado”, declarou ele, citando que no tempo em que o DOI-Codi do Rio de Janeiro esteve vinculado a ele, entre abril de 74 e fevereiro de 77, “nunca apareceu nada nem ninguém que tivesse alegado ter sido torturado”. E emendou: “Eu já desafiei que alguém se apresentasse na TV e nunca apareceu nada”.
Nas declarações feitas ao Estado, o ex-ministro - que foi um dos avalistas da posse do presidente Sarney, quando Tancredo Neves morreu, garantindo a transição de um governo militar para o civil - diz que a presidente Dilma Rousseff tem que “esquecer o passado, olhar para a frente” e se preocupar com o futuro do País.
O general Leônidas Pires rechaçou a possibilidade de a Lei de Anistia ser revogada, como um segundo passo, depois de a comissão da Verdade fazer seu trabalho, por conta de pressão das esquerdas. “Isso não tem cabimento. A não ser que exista vontade expressa do revanchismo.”
Para ele, “é impossível mexer na Lei da Anistia, que foi fruto de um acordo no passado e que já foi chancelada pelo Supremo”. E emendou: “Se quiserem fazer pressão no Supremo, o poder moderador tem de entrar em atuação no País”.

Clubes Militares cobram apuração de mortes de agentes

18 de maio de 2012 | 11h 43
TÂNIA MONTEIRO - Agência Estado
Os presidentes dos Clubes Militares emitiram ontem nota conjunta exigindo que a Comissão da Verdade ouça também os que mataram os militares que, "em defesa do Estado Nacional e no cumprimento de deveres que lhes haviam sido legitimamente atribuídos, foram vitimados por atentados dos quais participaram, ativa ou passivamente, alguns dos desaparecidos ontem lamentados". Na nota, os presidentes dos Clubes do Exército, general Renato Tibau; Naval, almirante Ricardo Veiga Cabral e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, pedem que "o restabelecimento da História Nacional, no período indicado, deve ser completo" e alertam que, para isso, "é imperioso" "ouvir e registrar o que ex-agentes do Estado bem como ex-militantes revelarem sobre atos em apreciação da Comissão".
A nota dos Clubes Militares reflete uma preocupação não só dos oficiais da reserva, mas também dos da ativa, que reclamam das declarações de integrantes da comissão de que apenas "agentes do Estado" devem ser investigados pela Comissão da Verdade. Eles também se queixaram do discurso da presidente Dilma Rousseff, que ao instalar a comissão chegou a se emocionar ao lamentar a morte dos perseguidos políticos e exaltar o desejo de seus familiares de os enterrarem, sem se referir aos que foram mortos pela esquerda.
Os presidentes dos clubes lembraram que as famílias dos militares mortos pela esquerda, que passam de 100, "sentem a mesma imensa dor, a qual se agrega o sofrimento de se verem totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado, enquanto que às famílias dos antigos militantes tudo é concedido. Honrarias, pensões, indenizações, etc...." Eles pedem este reconhecimento "também, por razões humanitárias e de justiça".
A nota conclui afirmando que "dentro destes princípios estamos certos de que a História do nosso País poderá ser enriquecida com Verdades, hoje distorcidas por versões e meias verdades, no mais das vezes destinadas a iludir as novas gerações a quem nos cabe legar um passado adequadamente descrito e que sirva de exemplo para o futuro".
Ontem, em reunião, os presidentes dos Clubes Militar (Exército) e da Aeronáutica, deram apoio à comissão paralela da verdade criada pelo Clube Naval, para dar assistência jurídica aos militares que forem convidados a depor pela Comissão da Verdade.

Setores do Judiciário alegam risco a servidores e resistem a publicar salários

Presidente do STF e procurador-geral, porém, defendem ampla publicidade das remunerações

17 de maio de 2012 | 22h 30
Mariângela Gallucci e Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo
 
BRASÍLIA - Setores e sindicatos do Judiciário vão resistir à publicação dos salários e vantagens pagos a cada um dos servidores da Justiça. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, porém, demonstraram disposição em dar ampla publicidade aos dados relativos às remunerações. Gurgel afirmou nesta quinta-feira, 17, que o Ministério Público “tem de ser um exemplo de transparência”.
Ao ser indagado se o Judiciário divulgaria os seus salários de forma pormenorizada, Ayres Britto disse que os ministros definirão isso, mas sinalizou que é a favor da medida. O presidente do STF lembrou que foi relator de um processo no qual foi questionada a divulgação de salários da Prefeitura de São Paulo. “Só exclui da publicação os endereços, por questão de segurança.”
Ayres Britto afirmou que há duas formas para regulamentar a Lei de Acesso a Informações no Judiciário. “Uma é cada tribunal fazer a sua regulamentação; outra é tentarmos um regulamento conjunto. Ainda não definimos.”
Vulneráveis. O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, disse que o decreto assinado pela presidente Dilma vale só para o Executivo. Ele é contra divulgar o nome de funcionários e respectivos salários porque considera que isso torna as pessoas vulneráveis a ações de criminosos.
“Quem vive no mundo de hoje sabe que divulgar o nome é a mesma coisa que dar endereço e telefone. Pelas redes sociais, Google, qualquer pessoa é encontrada. A Constituição ainda assegura direito à intimidade. As pessoas têm de ser protegidas. Se você publica na internet o nome da pessoa com o salário, as organizações criminosas vão levantar o endereço e isso torna a pessoa vulnerável a ataques.”
O coordenador de administração do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público da União no DF, Jailton Assis, concorda: “Não temos divergência quanto à divulgação de salários. Mas a divulgação nominal é muito ruim. Uma coisa é entender o custo do Judiciário para a sociedade. Outra é conhecer nomes de cada servidor, alimentando uma situação de risco real.”


REPASSANDO A MAIS PURA VERDADE!!!

Isto é Incrível
Declaração de Bens de Lula "Copperfield" Mágico!
Declaração de bens do candidato que se diz pobre.Como presidente da República, Lula ganha um salário de R$ 8.885,48. Também recebe uma aposentadoria especial (como anistiado político) de R$ 4.294 - conforme declarou ao TSE. O PT justifica a evolução patrimonial de Lula: "Deve-se à poupança de parte do seu salário como presidente da República e aposentadoria, bem como aos rendimentos de aplicações anteriores a 2002, acrescidos da aplicação da poupança mensal já referida em fundos de investimento especificados na declaração entregue ao TSE".

Bens e aplicações:

Apartamento 102, no Edifício Kentuchy, em São Bernardo do Campo — R$ 38.334,67 mil
Apartamento 122, no Prédio Green Hill, em São Bernardo do Campo — R$ 189.142,50 mil
Apartamento 92, no Edifício Kentuchy, em São Bernardo do Campo — R$ 38.334, 67
Aplicação financeira no Banco do Brasil — R$ 86.794,73
Caderneta de Poupança na Caixa Econômica Federal — R$ 54.762,02
Caderneta de Poupança no Banco Bradesco — R$ 1.398,67
Caderneta de Poupança no Banco Bradesco — R$ 1.124,36
Six Especial Plus no Banco do Brasil — R$ 156.146,83
Fif Plus Di Banco Bradesco — R$ 111.055,40
Fundo de ações da Petrobras — R$ 1.866,39
Fundo de ações da Vale do Rio Doce — R$ 497,97
Fundo de ações do Banco do Brasil — R$ 1.108,87
Fundo de Investimentos no Bradesco — R$ 63.304,16
Participação em Cooperativa Habitacional (apartamento em construção no Guarujá, São Paulo) — R$ 47.695,38 — já pagos
S10 Cabine Dupla, diesel 98/99 — R$ 42 mil
Terreno no Sub-distrito de Riacho Grande, em São Bernardo do Campo — R$ 5.466,90
A Presidência da República fez bem ao bolso e praticamente duplicou o patrimônio de Luiz Inácio Lula da Silva. Nos últimos quatro anos, ele teve uma evolução patrimonial de 98,4%. Chega a R$ 839.033,49 a soma dos bens declarados pelo candidato petista ao Tribunal Superior Eleitoral. No ano de 2002, o patrimônio de Lula era de R$ 422 mil e 900 reais. Descontando a inflação de 38,7% (acumulada pelo IPCA), Lula teve uma evolução patrimonial de 59,7% durante seus anos de Palácio do Planalto. Se for reeleito, quem sabe, vira um milionário de verdade. (fonte:Jorge Serrão)
E os primeiros R$ 400 mil?
Lula hoje é uma pessoa rica.

Lula arrested by dicatorshipSeu patrimônio é de R$ 800 e tantos mil reais. Está no topo da pirâmide social do Brasil. Terminado seu atual mandato será um milionário. Já é se tivesse declarado valores reais de seus imóveis. Parabéns e felicidades para ele e família.

Depois de eleito presidente, Lula (ou qualquer outro) não comprou nem um palito. Tudo o que ele gasta e consome pagamos nós. Desde a sagrada birita, passando por seus charutos cubanos até o mais trivial pão de queijo, peladas e churrascos, tudo, enfim, tudo mesmo, pagamos nós.

Portanto não é de estranhar que nos últimos três anos e meio tenha poupado integralmente sua discutível aposentadoria de cerca de R$ 4 mil mais sua remuneração de presidente de R$ 8 mil e pouco. Dá uma poupança de uns R$ 150 mil por ano. Até aí tudo bem.

O que me intriga mesmo é como conseguiu poupar os primeiros R$ 400 mil quando só recebia a tal aposentadoria e era dirigente do PT e tinha que pagar todas as suas contas.

Não só viveu às custas dos trabalhadores que diz representar como também amealhou uma pequena fortuna pela média do que ganham seus supostos representados, os verdadeiros trabalhadores do Brasil.

Quantos metalúrgicos brasileiros acumularam durante toda sua vida R$ 400 mil reais?

É intrigante ou não é? Fonte



posted by meusditos | 5:40 PM | 0 comments
CORRUPÇÃO EM FAMÍLIA
FILHO DO PRESIDENTE DOS BRASILEIROS VIROU MILIONÁRIO

Isso mesmo, o brasileiro Lulinha (Fábio Luis Lula da Silva), filho do Presidente dos brasileiros, que há 05 anos era subempregado do Zoológico em São Paulo, agora acabou de comprar a fazenda Fortaleza (de porteira fechada) pela simples quantia de R$ 47.000.000,00 (quarenta e sete milhões de reais). O impressionante nesta trajetória de sucesso e rara inteligência é que de um salário de R$ 1.500,00 passou a proprietário, de uma vez só, de um patrimônio de 47 Milhões...

Presidente brasileiro e seu filho: unidos pela corrupção!Família Lula: pai e filho unidos pela corrupção


Os filhos de Lula, Erenice e Nascimento ensinam como fazer para virar milionário usando apenas a carteira de identidade


Aiuri Rebello e Bruno Abbud
O Ronaldinho da informática
Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, tinha 27 anos em 2003, quando decidiu montar uma produtora de conteúdo digital em parceria com os amigos de infância Ricardo e Kalil Bittar, filhos de Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas, conselheiro da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) e íntimo de Lula desde a década de 70. No ano seguinte, a Gamecorp foi pinçada do semianonimato e do raquitismo financeiro por uma proposta surpreendente: a Telemar ofereceu R$ 5 milhões para tornar-se sócia minoritária dos três jovens empresários. Com a mediação da consultoria de Antoninho Trevisan, outro velho amigo de Lula, o negócio foi consumado em 2005. A direção da Telemar informou que resolvera investir no diminuto empreendimento baseada em projeções econômicas que não divulgou. E garantiu que só soube que se asssociara a um filho do então presidente depois de consumado o acerto.
Antes de virar empresário, Lulinha, formado em biologia, ganhava R$ 600 por mês como monitor do Jardim Zoológico de São Paulo. Em outubro de 2006, numa entrevista concedida à Folha, o pai foi confrontado com a carta de um leitor interessado em saber por que seus filhos, com formação escolar mais sofisticada, não eram tão bem sucedidos quanto o integrante da Primeira Família. “Porque deve haver um milhão de pais reclamando: por que meu filho não é o Ronaldinho? Porque não pode todo mundo ser o Ronaldinho”, comparou Lula. “Eles fizeram um negócio que deu certo. Deu tão certo que até muita gente ficou com inveja”. Na mesma semana, no programa Roda Viva, o presidente voltou ao tema. “Não posso impedir que ele trabalhe”, defendeu-se. “Vale para o meu filho o que vale para os 190 milhões de brasileiros. Se têm alguma dúvida, acionem ele”.
A Câmara Municipal de Belém, no Pará, já atendera à sugestão do presidente em fevereiro de 2006, quando solicitou à Procuradoria-Geral da República que investigasse Lulinha por suspeita de tráfico de influência. Como a sede da Telemar fica no Rio, a Procuradoria repassou o caso aos procuradores baseados em território fluminense. Em outubro de 2006, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu a abertura de inquérito à Polícia Federal. Em junho de 2007, contudo, resolveu transferir a missão para o Ministério Público Federal de São Paulo, que abriga a sede da Gamecorp. Em outubro de 2009, os procuradores paulistas entenderam que cabia ao Superior Tribunal de Justiça decidir quem deve cuidar do assunto. Em 12 de fevereiro deste ano, a Folha informou que STJ resolvera a pendência: cumpre à 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo apurar se Lulinha subiu na vida porque é um Ronaldinho da informática ou porque foi içado pelo sobrenome.

O filho da Casa Civil
A edição de VEJA de 11 de setembro de 2010 revelou que Israel Guerra, 32 anos, filho da ministra Erenice Guerra, amparava-se na influência da chefe da Casa Civil para extorquir propinas de empresários interessados em fechar negócios com o governo. As maracutaias ganharam velocidade em julho de 2009, quando Israel montou com dois sócios a Capital Assessoria e Consultoria, nome oficial da quadrilha formada por parentes e agregados da melhor amiga de Dilma Rousseff. Em abril de 2010, Fábio Baracat, dono de uma empresa de transporte aéreo, pousou em Brasília para ouvir a proposta do filho da Casa Civil: para contar com a boa vontade da mãe, Baracat teria de pagar R$ 25 mil por mês pela consultoria, mais uma taxa de sucesso de 6% do valor do contrato com o governo.
Baracat conseguiu no mesmo ano um contrato de R$ 84 milhões com os Correios. Só com a taxa de sucesso, Israel embolsou R$ 5 milhões. É uma bolada e tanto, sobretudo para quem tivera de sobreviver com o salário de funcionário público. Em 16 de setembro de 2010, dois dias depois da demissão de Erenice, uma sindicância interna foi instalada na Casa Civil para apurar o escândalo. As apurações foram concluídas quase quatro meses depois, em 2 de janeiro de 2011. Como não se descobriu nada de errado, ninguém foi punido. Um inquérito aberto pela Polícia Federal ouviu cerca de 60 pessoas. Não tem prazo para terminar.
O Palocci amazonense
O arquiteto Gustavo Morais Pereira, filho do ex-ministro Alfredo Nascimento, tinha 21 anos em 2005, quando se juntou a dois sócios para abrir a construtora Forma Construções, com capital inicial de R$ 60 mil. Em 2006, a empresa declarou R$ 17,7 milhões à Receita Federal. Em 2007, a fortuna cresceu para R$ 52,3 milhões. O aumento de 86.500 % em dois anos, revelado pelo Globo há 10 dias, transformou em coisa de amador o milagre da multiplicação do patrimônio operado por Antonio Palocci.
Desde o nascimento, a empresa construiu um conjunto de 86 casas de alto padrão e um prédio comercial de 20 andares num bairro nobre de Manaus. O Ministério Público Federal investiga desde o ano passado as proezas financeiras de Gustavo. Entrou na alça de mira dos promotores por ter declarado renda incompatível com os ganhos da Forma Construções. Que, por sinal, também é alvo de investigações, concentradas nos negócios feitos com uma empresa frequentemente irrigada por recursos do Ministério dos Transportes, comandado por Alfredo Nascimento. O pai de Gustavo, demitido por corrupção, ainda não recebeu nenhuma intimação judicial.

afro discriminação




Como Faço??
  
 
 
 
 
 
  1. Ives Gandra da Silva Martins*
    Sou Branco, honesto, contribuinte, eleitor, hetero...Para quê???



Hoje, tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele.. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do
Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências - algo que um cidadão comum jamais conseguiria!

Os
invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', porque cumpre a lei.
Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).

Para os que desconhecem este é o :
Inciso IV do art. 3° da CF a que se refere o Dr. Ives Granda, em sua íntegra:

"promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."
Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Rui Barbosa:
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86