sábado, 2 de abril de 2011

Por qué no te callas?

Por qué no te callas?

Quem mandou o Exército se calar?
O ministro da Defesa? A "Presidenta" dos anos da "ditadura"?
O autoritarismo do PT? A roubalheira do mensalão?

Não se pode exaltar o passado? E cadê a tal democracia?
E a liberdade de expressão?

"D
ireito de manifestar livremente opiniões, idéias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral."
"A liberdade de expressão é um direito fundamental consagrado na Constituição Federal de 1988, no capítulo que trata dos Direitos e Garantias fundamentais e funciona como um verdadeiro termômetro no Estado Democrático.

Quando a liberdade de expressão começa a ser cerceada em determinado Estado, a tendência é que este se torne autoritário.

A liberdade de expressão serve como instrumento decisivo de controle de atividade governamental e do próprio exercício do poder.
O princípio democrático tem um elemento indissociável que é a liberdade de expressão, em contraposição a esse elemento, existe a censura que representa a supressão do Estado democrático.
“A divergência de idéias e o direito de expressar opiniões não podem ser restringidos para que a verdadeira democracia possa ser vivenciada.” F. TCU

O GLOBO
Exército manda que general se cale sobre 64

O Comando do Exército abortou na última hora uma palestra com potencial explosivo do diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), general Augusto Heleno, cujo tema seria "A contrarrevolução que salvou o Brasil", em referência ao 31 de março de 1964, data que marca o início da ditadura militar. A apresentação do general estava confirmada até as 17 h de quarta-feira, quando chegou a ordem do comandante do Exército, Enzo Peri, determinando o cancelamento do evento. A apresentação ocorreria no mesmo dia em que Heleno, liderança expressiva na caserna, foi para a reserva.

Primeiro comandante brasileiro no Haiti, o general Heleno preferiu silenciar sobre o conteúdo da palestra e também sobre os motivos pelos quais o evento foi cancelado. Disse apenas que cumpriu ordem superior:  - Recebi ordem. Sou militar, recebo ordem. Hierarquia e disciplina. Recebi a ordem ontem, no final da tarde. Tem uma frase famosa: nada a declarar - afirmou Heleno. O general Heleno se limitou a dizer que a abordagem seria exclusivamente "31 de março de 1964", mas não quis entrar em detalhes sobre o contexto histórico que seria levado aos colegas de farda. Nas redes sociais, militares se preparavam para o "desabafo de Heleno". Um oficial ouvido pelo GLOBO disse que o depoimento era aguardado com "grande expectativa".

Nesta semana, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, determinou aos comandantes das três Forças que não houvesse qualquer ato que exaltasse a data que deu início ao regime militar. Entretanto, como Heleno é general de quatro estrelas com grande destaque na tropa, coube ao comandante Enzo Peri a tarefa de impedir sua manifestação, às vésperas de sua aposentadoria. Quanto às comemorações nos clubes militares, o ministério avalia que não tem como evitar ou tentar coibir manifestações de oficiais da reserva que estavam na ativa naquele período.

O silêncio do quartel no dia da "contrarrevolução" - referência dos militares ao combate à "revolução comunista" que estaria em curso nos anos 1960 - foi imposto para evitar o acirramento dos ânimos, em pleno debate público sobre a criação da Comissão da Verdade, projeto que está tramitando no Congresso. Como O GLOBO revelou, o Comando do Exército chegou a elaborar um documento em que condenava a criação da comissão, idealizada para encontrar informações sobre os desaparecidos políticos durante o regime militar. O mês da "contrarrevolução" foi excluído do site do Exército. As "comemorações" se limitaram a um ato no último dia 25 de março, no Clube Militar do Rio de Janeiro


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